Ex-jogador do Cerro diz que racismo no futebol não existe: “É para homens“

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O ex-jogador do Cerro Porteño, Carlos Báez, declarou, nesta terça (18), que o racismo no futebol não existe e que a modalidade é para “homens”.

“Tenho uma mensagem muito importante para você, Alejandro Domínguez. Você tem a oportunidade, agora mesmo, de frear este tema do racismo e toda essa estupidez. Coisa que no futebol não existe”, disse o ex-jogador paraguaio.

“Alejandro, em respeito ao seu pai, sabe por que eu cito o seu pai? Porque seu pai foi um cara que bancou os códigos do futebol, com os condimentos que o futebol tem. A isso que chamam de racismo, e que nós, os esportistas, chamamos no mundo do futebol de cargada (zoeira). Que nós utilizamos no mundo do futebol como um elemento para que psicologicamente o nosso adversário erre um passe, ou que o goleiro perca uma bola ao tentar sair”, adicionou.

A fala do ex-zagueiro vem depois dos recentes casos de racismo envolvendo Luighi, do Palmeiras, na Libertadores sub-20 e Alejandro Domínguez. O presidente da Conmebol, após discursar contra o racismo no sorteio da fase de grupos da Libertadores, comparou os brasileiros à uma macaca.

“Libertadores sem clubes brasileiros seria igual o Tarzan sem a Chita“, disparou o mandatário da entidade máxima do futebol Sul-Americano.

“Isso que o Palmeiras está chamando de racismo. Deixem de encher o saco, por favor. Alejandro, em respeito ao seu pai. Alejandro, te peço: mande uma carta ao Palmeiras e diga que este é um esporte de homens, de homens fortes. Vamos esclarecer algo: que não se toque em um jogador de futebol. Fisicamente. Deveria dar pena de futebol”, disse Báez.

“Eu quando jogava um clássico, os torcedores do Olimpia me mandavam para a puta que me pariu. E isso é o mais lindo que existe. São coisas do futebol. Ter público local, visitante, e que os dois possam se provocar. Alejandro, mande uma carta ao Palmeiras e diga que isso é futebol, e que o que estão fazendo dentro do campo, ou no estádio, não é racismo. É o folclore do futebol”, concluiu.

Polêmica envolvendo o Cerro

Pela Libertadores sub-20, o Cerro Porteño enfrentava o Palmeiras, quando Luighi foi vítima de racismo por torcedores do time paraguaio. O atacante chegou a receber uma cusparada e foi chorando para o banco de reservas.

Depois das imagens rodarem o mundo, a Conmebol decidiu multar a equipe em 50 mil dólares e jogos com portões fechados na Libertadores sub-20.

Luighi, do Palmeiras, chorou após sofrer raciscmo no Paraguai • Reprodução

Revolta do Palmeiras

A punição ao time paraguaio revoltou Leila Pereira, presidente do Palmeiras, alegando que seria uma penalidade “branda demais”. Em protesto, Leila não compareceu ao sorteio da Libertadores, realizado nesta segunda (17), em Luque, no Paraguai.

Depois do sorteio, Cerro Porteño e Palmeiras caíram no mesmo grupo e a história deve ter mais desdobramentos na principal competição continental.

Quem é Carlos Báez

Carlos Báez hoje tem 42 anos e jogava como zagueiro. Apelidado de Aquiles, defendeu clubes como Cerro Porteño, Independiente (ARG), Arsenal de Sanadí (ARG) e O’Higgins (CHI). Defendeu a seleção Paraguaia apenas uma vez, em um amistoso em 2007.

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