O novo recorde na produção de ovos de galinha no país em 2024 foi impulsionado por aumento das demandas interna e externa – com alta de preço em outras proteínas – e avanço no setor, segundo análise do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a partir dos resultados completos das estatísticas da produção pecuária.
A produção de ovos de galinha subiu 10% em 2024, para 4,67 bilhões de dúzias e atingiu o maior patamar desde o início da série histórica da pesquisa, em 1987. A diferença foi de 423,72 milhões de dúzias de ovos a mais.
“Ao longo de 2024, o setor avícola foi impulsionado pelos aumentos nos preços relacionados a outras proteínas, com demandas internas e externas aquecidas. Além disso, o crescimento do setor de frangos para corte influencia diretamente na produção de ovos para incubação”, escreveu o IBGE.
Mesmo com aumento da produção, os preços de ovos seguem impulsionados. Em 2024, a alta foi de 8,23%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), também do IBGE. O aumento, no entanto, se intensificou em 2025: só em fevereiro a alta foi de 15,39%.
Das 26 unidades da federação com granjas enquadradas na pesquisa, 25 tiveram crescimento do volume produzido em 2024 versus 2023. Líder na produção nacional, São Paulo registrou expansão de 8,2% da produção de ovos de galinha.
Com isso, seguiu na primeira posição do ranking nacional, com participação de 26%, seguido por Paraná (9,8%), Minas Gerais (9,7%) e Espírito Santo (8%). Em 2024, mais da metade das granjas, 1 136 (53,7%), produziram ovos para o consumo, respondendo por 82,1% do total de ovos produzidos, enquanto 979 granjas (46,3%) produziram ovos para incubação, respondendo por 17,9% do total de ovos produzidos.
No quarto trimestre de 2024, a produção de ovos de galinha alcançou de 1,2 bilhão de dúzias, 12,4% a mais que em igual trimestre de 2023 e 0,2% a mais que no terceiro trimestre. O quarto trimestre de 2024 foi o maior para o período em toda a série histórica da pesquisa.