Caso Vitória: o que se sabe e o que falta esclarecer

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Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, desapareceu em fevereiro deste ano em Cajamar, na região da Grande São Paulo. O corpo foi encontrado uma semana depois com sinais de violência. Um suspeito, Maicol Antonio Sales dos Santos, está preso desde 8 de março. Ele é apontado como autor do crime.

O desaparecimento em 26 de fevereiro chocou Cajamar. O suspeito, vizinho de Vitória, é apontado como autor do crime. Conversas entre Maicol e o ex-namorado de Vitória levantaram suspeitas, e sangue foi encontrado na casa e carro dele. O material foi enviado para comparação com o DNA da vítima.

A investigação, que apreendeu nove celulares para perícia e utilizou software israelense para extração de dados, está praticamente resolvida, de acordo com a polícia. 

O que se sabe

A jovem Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, desapareceu em 26 de fevereiro. Seu corpo foi encontrado em 5 de março em uma área de mata em Cajamar, Grande São Paulo. O corpo estava em estado avançado de decomposição, sem roupas, com a cabeça raspada e apresentava sinais de violência.

O exame de necropsia revelou que a causa da morte foi hemorragia traumática, resultado de golpes de faca. Um laudo apontou três facadas.

Maicol Antonio Sales dos Santos é o principal suspeito e está preso. A polícia afirma que ele confessou o crime, embora advogados dele tenham negado essa informação.

Veja o que o principal suspeito disse em depoimento

A polícia descreve o autor do crime como uma pessoa obcecada por Vitória. Fotos de Vitória e outras jovens foram encontradas no celular do suspeito. A perícia identificou em mensagens e no depoimento em que confessa o crime, que ele demonstrou preocupação com relatos de seu carro ter sido visto perto do local do crime.

Delegado diz que suspeito é “psicopata”; confira

A polícia científica identificou sangue, que pode ser compatível com o DNA de Vitória, no carro e casa do suspeito. Testemunhas corroboraram as suspeitas após relatarem movimentação fora do comum, na casa de Maicol, na noite do desaparecimento da vítima.

Dois outros homens são investigadosGustavo Vinícius Moraes (ex-namorado) e Daniel Lucas Pereira (amigo da vítima). Evidências, como localização de celulares e filmagens, os ligariam à vítima e à época do crime. Em coletiva nessa terça-feira (18), entretanto, a polícia descartou o envolvimento deles e justificou as declarações como informações desencontradas.

A prisão temporária de Daniel foi negada pela Justiça. A investigação deve ser concluída até 13 de abril. Diversas diligências foram realizadas, incluindo depoimentos, apreensão de veículos e celulares. Um software israelense (Cellebrite) foi usado para extrair dados dos celulares. Ferramentas (enxada e pá) foram encontradas perto do corpo.

O que falta esclarecer

motivação definitiva do crime ainda não está clara. Embora o suspeito tenha confessado e alegado que fora ameaçado pela vítima, a polícia ainda precisa reunir mais elementos para conferir que essa foi a real motivação.

Suspeito alega que foi ameaçado pela vítima; entenda

A participação de outras pessoas foi descartada pela polícia. Contudo, outros nomes foram envolvidos pela própria polícia no crime durante as investigações, e até a entrega do relatório final, a possibilidade de mudanças não pode ser abandonada.

A linha do tempo exata dos eventos entre o desaparecimento e a descoberta do corpo ainda é incerta. Inicialmente se aventou a possibilidade de Vitória ser mantida em cativeiro, o que nesse momento deixou de ser considerada.

Veja versão sobre a dinâmica do crime, segundo a polícia

papel exato de Daniel e Gustavo precisa ser determinado. Daniel chegou a ter o pedido de prisão temporária solicitado e negado pela justiça. A polícia, no entanto, alega que o crime foi cometido sem a participação dos suspeitos elencados durante as investigações.

Os resultados dos laudos periciais pendentes, como o de DNA, serão cruciais para resolução do caso. Ainda não se sabe se as ferramentas encontradas foram usadas no crime. A polícia inicialmente investigou a hipótese de sequestro, mudando para vingança e, depois, crime passional por obsessão. Um laudo descartou abuso sexual, inicialmente indicado em um laudo preliminar.

Relembre o caso

O desaparecimento e a trágica morte de Vitória Regina de Sousa, uma jovem de 17 anos comoveu os moradores de Cajamar (SP). A história começou em 26 de fevereiro, quando a garota, após um dia de trabalho em um shopping local, pegou o ônibus de volta para casa.

Naquela noite, Vitória compartilhou mensagens de texto com uma amiga, expressando o medo que sentia ao perceber que estava sendo seguida por dois homens. Testemunhas relataram ter visto um automóvel com quatro homens seguindo a jovem depois que ela desceu do ônibus.

Após seu desaparecimento, a cidade se uniu em buscas incessantes. A polícia e os familiares, apoiados por diversos agentes, cães farejadores e drones, procuraram por Vitória em todos os cantos da região.

A angústia chegou ao fim em 5 de março, quando o corpo de Vitória foi encontrado em uma área de mata em Cajamar. O corpo da jovem estava em estado avançado de decomposição e apresentava sinais de violência. A jovem estava com a cabeça raspada e sem as roupas.

A Delegacia de Polícia de Cajamar assumiu a responsabilidade pela investigação, trabalhando com diversas hipóteses para o crime. Mais de 18 pessoas foram ouvidas e dois veículos foram apreendidos para perícia.

Veja imagens do sepultamento:

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