Um ato de heroísmo marcou a noite de terça-feira (18) na 1ª Delegacia de Polícia de Rondonópolis, Mato Grosso, quando o investigador Ademar de Morais Bertolino salvou a vida de um bebê de apenas 20 dias. O pequeno João Pedro havia engasgado durante a amamentação e foi levado às pressas para a delegacia pela avó e vizinhos, já que o bebê não estava respirando.
A mãe de João Pedro, a farmacêutica Mayara Medrado Pantaleão, relatou o momento de desespero ao perceber que o filho não respirava e acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Diante da demora no atendimento, a avó e os vizinhos decidiram levar o bebê à delegacia mais próxima em busca de socorro imediato.
Ao chegarem na delegacia, o investigador Ademar de Morais Bertolino, que estava de plantão, iniciou a manobra de Heimlich no bebê. Em poucos segundos, João Pedro voltou a respirar e chorou, aliviando a tensão e emocionando os familiares presentes. A ação foi registrada pelas câmeras de segurança da delegacia.
“Ele não respondia. Eu já estava no chão, tinha perdido as forças. E aí o Estevão [vizinho] falou: ‘vamos na polícia’, que foi quando eles correram para cá [a delegacia] e encontraram o Ademar, que fez a manobra. Mas ele já estava bem roxo. Eu pensei que ele não iria resistir”, relatou Mayara Medrado Pantaleão, mãe de João Pedro.
Ademar, que já havia salvado outro bebê em situação semelhante em fevereiro de 2024, expressou a emoção ao ver João Pedro voltar a respirar. “Foi um sentimento de alívio, de alegria. A gente não gosta de ver bebê chorar, mas, nesse caso, quando ele chorou fiquei satisfeito, emocionado, porque também sou pai e a gente acaba passando essa emoção, essa vivência, na pele, porque imagina o sentimento desses pais. E com o discernimento e a coragem de Deus, consegui salvar o bebê”, disse o investigador.
Na quarta-feira (19), a família de João Pedro retornou à delegacia para agradecer ao investigador Ademar. A mãe do recém-nascido destacou a importância da Polícia Civil em salvar vidas, além de suas funções de segurança pública.
“Só tenho gratidão a Deus, primeiramente, ao Ademar, à equipe da Polícia Civil e aos meus vizinhos por terem vindo aqui com ele [bebê]. Só gratidão mesmo. E que a população tenha essa consciência que, no desespero – porque a gente é mãe, a gente não pensa na hora -, mas a polícia está aqui, não só para prender, para executar as outras ações policiais, mas também para salvar vidas. Tenho muita gratidão pelo Ademar, pela família e pela Polícia Civil, que estavam à disposição”, agradeceu a farmacêutica.