Mato Grosso registrou a maior perda de superfície de água no Brasil em 2024, com uma redução de 291 mil hectares, o que representa uma queda de 34% em relação a 1985. O dado alarmante faz parte do novo mapeamento divulgado pelo MapBiomas, em antecipação ao Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março.
O estudo revela que a tendência de redução da cobertura hídrica, observada em 2023 e anos anteriores, persistiu em 2024. O Pantanal, bioma que se estende por Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, foi o mais afetado pela seca extrema, com uma perda de 61% em relação à média histórica.
Mato Grosso lidera o ranking dos estados com maior perda de superfície de água, seguido por Amazonas e Mato Grosso do Sul. A seca também impactou a Amazônia, com uma redução de 3,6% na extensão média de água.
Em 2024, quase metade dos municípios brasileiros (45%) apresentaram superfície de água abaixo da média histórica. Em Mato Grosso, Cáceres se destaca com uma perda de 167 mil hectares, representando 57% do total perdido no estado.
A situação é preocupante, pois a redução da cobertura hídrica impacta diretamente a biodiversidade, a agricultura, a geração de energia e o abastecimento de água para consumo humano. A seca extrema também aumenta o risco de incêndios, como os que atingiram o Pantanal em 2024.