O bitcoin apresenta queda no final da tarde desta terça-feira (25) após atingir seu maior nível em mais de duas semanas na segunda-feira. Esse aumento foi impulsionado pelo otimismo em torno de uma possível redução no escopo das tarifas dos EUA.
No entanto, a analista da XTB Kathleen Brooks observou que o sentimento está esfriando devido à incerteza sobre o que esperar na próxima semana, incluindo o risco de tarifas adicionais que poderiam afetar os países que compram petróleo da Venezuela.
Por volta das 15h56 (horário de Brasília), o bitcoin recuava 0,66%, sendo cotado a US$ 87.727,54, enquanto o Ethereum caía 1,64%, a US$ 2.063,01, segundo dados da Binance.
O presidente Donald Trump indicou que poderia haver “flexibilidade” nas tarifas planejadas para entrar em vigor no dia 2 de abril, e disse que poderia conceder “várias pausas nas tarifas para diversos países”. No entanto, ele também adiantou que anunciará sobretaxas adicionais nos próximos dias.
Na análise de Beto Fernandes, da Foxbit, ainda há muitos ruídos sobre como Trump tem se posicionado em relação à economia dos EUA. “Até agora, o mercado não conseguiu separar quais discursos podem, de fato, se tornar ações concretas.”
No mercado de criptoativos, a World Liberty Financial, um projeto de criptomoedas apoiado pelo presidente americano e sua família, anunciou que lançará uma nova stablecoin apoiada pela dívida do governo dos EUA.
Por sua vez, em uma entrevista, Bo Hines, diretor executivo do Conselho de Consultores Presidenciais sobre Ativos Digitais, sugeriu que os EUA poderiam usar seus ganhos em reservas de ouro para adquirir mais Bitcoin, uma estratégia que poderia fortalecer as reservas de criptomoeda do país sem impacto orçamentário.
Além disso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) passou a reconhecer oficialmente, nesta semana, o Bitcoin como um “ativo não financeiro não produzido”, ou seja, como algo com valor, mas que não é gerado dentro da economia, conforme publicado em seu manual de estatísticas econômicas internacionais, o Balance of Payments Manual.
Os investidores permanecem atentos aos desdobramentos do acordo de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia no Mar Negro. A Casa Branca informou que vai ajudar a restaurar o acesso da Rússia ao mercado mundial.