Em semana de protestos de torcedores do Coritiba contra a SAF do clube, administrada pela Treecorp Investimentos, o diretor Bruno D’Ancona fará o primeiro encontro com torcedores e com a imprensa desde 2023, quando a private equity iniciou os trabalhos no clube.
O diretor vai se reunir com torcedores e com jornalistas no fim da semana, em momentos distintos, em Curitiba, para uma conversa sobre os rumos do clube e responder questionamentos. No entanto, o D’Ancona não dará entrevista coletiva.
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Nesta terça-feira (25), dois ônibus de torcedores do Coritiba desembarcaram em São Paulo para protestar em frente à sede da Treecorp, na Avenida Brigadeiro Faria Lima.
O protesto repercutiu de forma nacional. O diretor da empresa, porém, não estava no local. Ele está em viagem no Equador, junto com William Thomas, segundo o jornalista Rogério Scarione, da Jovem Pan News.
D’Acona vem sendo alvo de protestos da torcida coxa-branca desde a temporada passada.
Os torcedores questionam o perfil discreto do profissional. A única vez que ele foi visto no Couto Pereira foi logo depois da concretização da venda da SAF, em julho de 2023, quando assistiu à uma partida junto com outro sócio da Treecorp, Roberto Justus, sogro do diretor.
SAF e torcida do Coritiba vivem rotina de crise
Os protestos na capital paulista são mais uma forma que os coxa-brancas encontraram de criticar a gestão do clube. No amistoso contra o Santos, no Couto Pereira, os torcedores acenderam sinalizadores e levantaram faixas contra a Treecorp.
Ainda durante o jogo, um drone com a foto de Bruno D’Ancona sobrevoou o Couto Pereira, com a pergunta “você viu esta pessoa?”.
No dia 17 de março, o Couto Pereira amanheceu com diversas faixas de protesto, assim como a sede da Ademicon, empresa que também faz parte do catálogo da Treecorp. “Mesmo grupo, mesmo golpe. Fora Treecorp” era o que dizia a faixa.
Os principais alvos das reclamações foram Bruno D’Ancona, um dos sócios da Treecorp, e André Campestrini, diretor financeiro do Coritiba. O empresário Roberto Justus, sócio e conselheiro da dona da SAF, também foi criticado.

SAF acumula fracassos dentro de fora de campo no Coritiba
Desde que a Treecorp Investimentos assumiu o clube, o futebol coxa-branca não conseguiu evoluir. Primeiro, aconteceu o rebaixamento logo no primeiro ano de gestão. Depois o Coxa teve a sua pior campanha da Série B na era dos pontos corridos e ficou longe de conquistar o acesso.
Além disso, o clube não conseguiu passar da primeira fase da Copa do Brasil na era SAF e sofreu com eliminações precoces no Campeonato Paranaense.
Fora das quatro linhas, crises internas envolvendo atletas, como Alef Manga e, mais recente, o lateral Rafinha, prejudicaram ainda mais a relação da empresa com a torcida.