Exportações de frango ao Japão ganham reforço com nova regra sanitária, diz ABPA

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A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) celebrou, nesta terça-feira (25), o anúncio feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, sobre a aprovação, por parte do governo japonês, de um novo Certificado Sanitário Internacional (CSI) voltado à influenza aviária.

Com a mudança, a nova regra estabelece que possíveis restrições às exportações brasileiras de carne de frango por causa da detecção da doença se limitem aos municípios afetados – e não mais a estados inteiros, como ocorria anteriormente.

“A conquista do Ministério da Agricultura para o Brasil é histórica e racionaliza as medidas de comércio de carne de frango do Brasil para o Japão em eventuais situações sanitárias”, destacou o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

A regionalização do CSI representa um passo estratégico para garantir a segurança jurídica e comercial das exportações brasileiras, especialmente em cenários pontuais de focos da doença. Em 2023, mesmo sem registros na avicultura industrial, estados inteiros enfrentaram suspensões por conta de casos identificados em aves de fundo de quintal.

A medida é especialmente importante considerando a relevância do Japão para o setor avícola brasileiro. O país asiático foi o terceiro maior destino das exportações nacionais de carne de frango em 2024, com 443,2 mil toneladas embarcadas. Apenas nos dois primeiros meses de 2025, o Brasil já exportou 55,8 mil toneladas ao Japão, gerando uma receita de US$ 103,7 milhões no período.

Segundo a ABPA, a nova regra não apenas reforça a confiança do Japão nos controles sanitários do Brasil, como também preserva os fluxos comerciais mesmo diante de eventuais notificações sanitárias localizadas.

“O Brasil nunca registrou influenza aviária em sua avicultura industrial. Essa parceria com o Japão fortalece a imagem do nosso país como fornecedor confiável e seguro”, pontuou Santin.

A aprovação do novo certificado reforça os laços históricos entre os dois países no comércio de proteína animal e demonstra maturidade na cooperação técnica e sanitária. Para o setor, trata-se de um avanço decisivo para manter o país entre os maiores exportadores mundiais de carne de frango.

Canal Rural

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