Nova taxa de Trump sobre navios chineses ameaça comércio global

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A proposta de Donald Trump de tarifar navios chineses que entrem nos portos dos Estados Unidos já começa a afetar setores da economia americana.

Trump planeja a imposição de taxas de US$ 1,5 milhão em navios fabricados na China que entrem nos portos norte-americanos. A justificativa é de que as tarifas fariam parte de esforços contra o que o governo chama de “dominação chinesa do sistema de construção naval e logística”.

Mas a imposição dos tributos atingiria muito além da China – as tarifas são capazes de cessar as exportações de carvão dos Estados Unidos em apenas dois meses, colocando US$ 130 bilhões em remessas em risco. Agricultores americanos também se preocupam com a incerteza sobre os custos finais de suas exportações.

O setor agrícola diz haver chances de o imposto torne o mercado de commodities não lucrativo e afirma ter sido “pego de surpresa” pela nova alíquota.

Trump já impôs tarifas de 20% sobre as importações chinesas – e 25% sobre o aço e o alumínio vindos do país. As medidas ignoram as preocupações sobre os impactos das taxas na própria economia americana, e já geram respostas por parte de Pequim.

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China se manifestou contra a decisão dos Estados Unidos de taxar países que importarem petróleo da Venezuela. A China é o maior importador de petróleo bruto venezuelano.

“A China se opõe firmemente a isso e requer que os EUA parem de interferir nos assuntos internos da Venezuela, retirem suas sanções unilaterais ilegais contra a Venezuela e a tomem mais ações que contribuam para o desenvolvimento pacífico e estável da Venezuela e de outras nações.”, disse o assessor.

Com a ofensiva americana, a China vem tentando estreitar laços com outros possíveis parceiros, em especial a Europa. A ideia é aproveitar o possível vácuo deixado pelo afastamento de Trump dos países europeus. Nesta terça-feira, o ministro de Relações Exteriores chinês, Wang Yi, se reuniu com o chanceler português, Paulo Rangel.

Ainda nesta terça, o ministro do Comércio, Wang Wentao, se encontrou com o CEO da Apple, Tim Cook, em Pequim. Wang falou a Cook sobre como as tarifas dos Estados Unidos têm gerado incertezas para a economia global.

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