Após alguns dias de estabilidade no mercado físico, os preços do boi gordo e do “boi China” avançaram em São Paulo, Estado considerado referência para as cotações da arroba. O impulso veio do aperto na disponibilidade de animais para abate.
“A oferta de boiadas não está grande. A oferta de fêmeas está maior, comparativamente, mas também não está muito grande. Desta forma, não houve alterações nos preços para as fêmeas, e para o boi gordo e ‘boi China’ a cotação subiu R$ 1 por arroba”, afirmou a Scot Consultoria em nota.
Com a alta na variação diária, o boi gordo passou a ser cotado a R$ 314 por arroba. O gado com característica para produção de carne que será exportada ao mercado chinês subiu para R$ 317 por arroba, com ágio de R$ 3 em relação ao animal convencional.
Já a vaca permaneceu cotada a R$ 282 por arroba e a novilha em R$ 297, conforme dados da Scot.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destaca em nota que os frigoríficos têm adotado posicionamento mais recuado nas negociações de balcão à vista (spot), na tentativa de impedir altas maiores para a arroba.
“Têm interesse em comprar, oferecem reajustes para alguns lotes, mas evitam inflacionar o mercado”, afirmou o instituto.
No entanto, a oferta é baixa e as escalas estão entre cinco e sete dias em muitas plantas de abate, o que indica que a indústria precisa ir às compras de gado por necessidade.
A estabilidade de preços da carne no atacado é um parâmetro importante para os frigoríficos se posicionarem na compra. “Desde a semana antes do carnaval que os preços da carne praticamente não mudam. O impulso para o setor, segundo dados recentes, vem da exportação aquecida”, informa o Cepea.