Café e açúcar sobem na abertura da bolsa de Nova York

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Os mercados futuros de commodities agrícolas na Bolsa de Nova York apresentaram variações distintas nesta segunda-feira (31/3) em relação ao fechamento da véspera. Clima e tarifas dos Estados Unidos estão no radar das negociações.

O café arábica para maio sobe pouco, 0,09%, cotado a US$ 3,8030 por libra-peso, uma das nôminas mais baixas das últimas semanas, apesar de o valor ainda estar entre os recordes de café.

Essa pequena valorização é atribuída à oferta limitada de grãos, especialmente do Brasil, maior produtor mundial, onde condições climáticas adversas afetaram a produção. Além disso, a resistência dos produtores em vender seus estoques contribui para a elevação dos preços.

O período é de ajustes nas lavouras de café brasileiras, onde o produtor dá “os retoques finais antes da colheita” e isso pode fazer a diferença, segundo o sócio da corretora MM Cafés, Marcus Magalhães.

Para ele, os desafios da economia norte-americana diante de uma potencial recessão e a proximidade da imposição das novas tarifas do governo Donald Trump fizeram os mercados cederem desde a madrugada, empurrando para baixo, inclusive, os preços nas bolsas europeias e asiáticas. A tendência é que esse fator geopolítico e econômico pese sobre as cotações das commodities de hoje até os próximos dias, disse Magalhães.

Os contratos de maio do açúcar demerara também valorizam, em 0,80%, abrindo o pregão a 18,90 centavos de dólar por libra-peso. A alta nos preços está relacionada às expectativas da produção brasileira.

Em contraste, os contratos futuros de cacau caem 0,67%, precificados a US$ 7.988 a tonelada, embora as preocupações com o clima seco na Costa do Marfim, principal país produtor, continuem e possam prejudicar a qualidade e a oferta dos grãos. A indústria de chocolates deu um passo para trás nas compras e segue em um ritmo lento. A época de páscoa que se aproxima, portanto, não suporta os preços da bolsa americana.

O algodão também registrou leve queda de 0,25%, com contratos para maio cotados a 67,93 centavos de dólar por libra-peso. A desvalorização é influenciada por oscilações nos preços do petróleo e pela valorização do dólar, fatores que afetam a competitividade das exportações da fibra.

Esses movimentos nos mercados refletem a complexa interação entre fatores climáticos, decisões de produção e dinâmicas econômicas globais que influenciam as commodities agrícolas.

AF News

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