O ex-atacante Choco, revelado pelo Athletico e com passagem ainda na base por Coritiba e seleção brasileira, recomeçou a carreira no futsal com dois gols. O jogador de 35 anos foi o grande destaque da vitória da Apaf, de Paranaguá, por 7 a 2 sobre o Pinhais, pela Série Bronze do Campeonato Paranaense.
Choco, em entrevista ao UmDois Esportes
“Estou muito feliz com a volta, em fazer aquilo que mais amo que é jogar futebol. Depois de no mínimo dez anos sem jogar, voltar a fazer o que eu gosto, o que eu sei, é gratificante. Estou feliz de poder ter ajudado meus companheiros, de ter correspondido não às expectativas alheias, mas às minhas também. O mais importante é ter correspondido às minhas expectativas, eu vi que ainda dá”.
O grande responsável pelo retorno de Choco ao futsal foi o técnico Maykon Zara. O treinador encontrou com o atleta no final do ano passado e o ajudou a sair do mundo das drogas. “Dá uma esperança de não de viver as coisas para mim, mas também de estar ajudando, ajudando ao Maykon, que é meu amigo e o treinador. Eu tenho certeza que ele vai ter uma carreira brilhante. Ele é, além de ser bom, foi bom atleta e é uma boa pessoa”, destacou.
Choco teve poucas oportunidades no Athletico e viveu solidão na Europa
Destaque nas categorias de base do Coritiba, Choco foi para o Athletico em uma negociação que envolveu muita polêmica. A transferência dele e do lateral-direito Raul gerou farpas públicas entre os presidentes Giovani Gionédis, do Coxa, e João Antônio Fleury, do Rubro-Negro.
Quando subiu para o profissional, em 2008, o atacante disputou apenas duas partidas pelo Athletico e não teve uma sequência. “Isso acabou me frustrando. Não tem uma receita certa, mas eu assumo 60% de culpa. Não que eu não era profissional, eu me dedicava nos treinos, mas dei azar. Era mais difícil subir para o profissional e falavam que precisava de transição e experiência. Eu respondia que ‘se não me colocarem para jogar, não vou ter experiência’. Não gostavam dessa reação”, lamentou.
“Não vou citar nome, mas escutei da boca de um diretor que era um baita jogador, mas era jogador da oposição e não ia jogar. Terminei o noivado, comecei a sair e beber, e as portas começaram a fechar. O Athletico tem muito jogador bom e a minha geração foi passando”, acrescentou o ex-atacante.
Choco viveu com problemas extracampo não apenas no Athletico, mas quando jogou em Portugal e na Alemanha. Quando voltou para o Brasil, ele tentou uma nova oportunidade no Rubro-Negro e ainda jogou no Inter de Lages e no CRAC-GO. A carreira no futebol terminou em 2016.