KIEV, 31 de março (Reuters) – O sindicato ucraniano de comerciantes de grãos, UGA, disse na segunda-feira que ele e o sindicato de produtores agrícolas UAC exigiram que o governo suspendesse as adições ao mecanismo para determinar preços mínimos de exportação, alertando que as mudanças poderiam interromper as exportações.
Em dezembro, a Ucrânia introduziu um novo sistema para exportação de produtos agrícolas essenciais, incluindo grãos, o que implica na proibição do envio de remessas de produtos a preços abaixo dos definidos pelo Ministério da Agricultura.
No início de março, o governo alterou as regras, dizendo que o preço mínimo de exportação para um determinado bem não pode ser menor que o preço mínimo para aquele tipo de bem nas mesmas condições de entrega do mês anterior.
“Os preços de exportação flutuam naturalmente dependendo das tendências globais, sazonalidade, logística, demanda e concorrência”, disse a UGA em um comunicado.
“Uma proibição artificial de reduções de preços ignora as realidades do mercado e ameaça a capacidade da Ucrânia de concluir contratos de exportação”, observou.
O sindicato disse que pediu ao governo que suspendesse as emendas e realizasse consultas abertas com as empresas.
A UGA acrescentou que também enfatizou a importância de esclarecer e unificar a terminologia, em particular, a definição de “preço mínimo”, “preço de referência” e “bases de fornecimento”.
A Ucrânia é uma grande produtora e exportadora de grãos e oleaginosas. O ministério da fazenda disse que o país exportou 32,4 milhões de toneladas métricas de grãos até agora na temporada de julho a junho de 2024/25.
