O mercado brasileiro de soja teve poucos negócios nesta terça-feira (1º). O spread entre os preços pedidos pelo vendedor e os oferecidos pelo comprador segue amplo. Os preços em Chicago tiveram forte alta e os prêmios ficaram negativos no dia.
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Em Passo Fundo (RS) e Santa Rosa (RS), os preços permaneceram estáveis, enquanto no Porto de Rio Grande houve valorização. No Paraná, as cotações subiram tanto no mercado interno quanto no porto. No Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, a soja também registrou alta.
Preços da soja no Brasil
- Passo Fundo (RS): manteve em R$ 130,00
- Santa Rosa (RS): manteve em R$ 131,00
- Porto de Rio Grande (RS): subiu de R$ 133,00 para R$ 134,50
- Cascavel (PR): subiu de R$ 125,00 para R$ 126,00
- Porto de Paranaguá (PR): subiu de R$ 132,00 para R$ 133,00
- Rondonópolis (MT): subiu de R$ 115,00 para R$ 117,00
- Dourados (MS): subiu de R$ 118,50 para R$ 119,00
- Rio Verde (GO): subiu de R$ 113,00 para R$ 115,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira em forte alta. O grão foi impulsionado pelos ganhos expressivos do óleo de soja, em meio a sinalizações de um aumento na demanda pelo subproduto, devido a uma conjunção de fatores.
“O movimento do óleo foi impulsionado pela sólida demanda no setor de biodiesel nos EUA e por vendas semanais que novamente superaram as estimativas do USDA para a temporada”, cita o analista e consultor de Safras & Mercado, Gabriel Viana.
O óleo de soja já acumula ganhos em dez das últimas treze sessões, sustentado pela expectativa de novas tarifas dos EUA sobre produtos canadenses, especialmente o óleo de canola, a partir de 2 de abril. “Caso as restrições se confirmem, a demanda interna por óleo de soja pode aumentar significativamente”, explica o analista.
Além disso, a Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos EUA se reunirá na quarta-feira com representantes da indústria petrolífera e dos produtores de biodiesel para discutir um possível aumento no volume obrigatório de diesel renovável nos próximos dois anos. “Caso haja um cumprimento mais rigoroso das metas, o mercado de óleo de soja pode se beneficiar ainda mais, reduzindo o excedente e fortalecendo as cotações”, aponta Viana.
USDA
Os relatórios divulgados ontem pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) seguem no radar dos agentes. Os números foram considerados neutros e tiveram impacto moderado.
A área plantada com soja nos Estados Unidos em 2025 deverá totalizar 83,495 milhões de acres. Se confirmada, a área ficará 4% abaixo do total cultivado no ano passado, de 87,05 milhões de acres.
O número ficou abaixo da expectativa do mercado, que era de 83,76 milhões de acres. O número também veio abaixo da área indicada no Fórum Anual do USDA, divulgado em fevereiro, que era de 84 milhões de acres.
Os estoques trimestrais de soja em grão dos Estados Unidos, na posição 1º de março, totalizaram 1,91 bilhão de bushels. O volume estocado subiu 4% na comparação com igual período de 2023. O número ficou acima da expectativa do mercado, de 1,895 bilhão de bushels.
Contratos futuros da soja
Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com alta de 19,50 centavos de dólar ou 1,92% a US$ 10,34 1/4 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 10,49 1/4 por bushel, ganho de 21,00 centavos ou 2,04%.
Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixa de US$ 0,40 ou 0,13% a US$ 292,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 47,44 centavos de dólar, com alta de 2,55 centavo ou 5,68%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,43%, negociado a R$ 5,6824 para venda e a R$ 5,6804 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,6730 e a máxima de R$ 5,7325.