Dez pessoas, incluindo influenciadores digitais, foram presas nesta quarta-feira (2), durante a operação Quéfren, realizada no Ceará. A ação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa investigada por divulgar, fomentar e estimular a prática de jogos ilegais no Brasil.
A Justiça determinou o cumprimento de 68 mandados, sendo 13 de prisão, 17 de busca e apreensão, 23 de busca veicular e 15 de bloqueio de bens e valores. Metade dos presos foi encontrada na cidade de Juazeiro do Norte, no interior cearense.
As outras cinco pessoas estavam em outros três estados. As buscas foram realizadas pela polícia em diversos municípios do Ceará, em Santana de Parnaíba (SP), em Cuiabá e Várzea Grande (MT) e em Marabá (PA). Durante a operação, foram apreendidos 14 veículos de luxo e uma quantia em dinheiro, cujo valor não foi informado.
Os envolvidos no esquema criminoso são agentes de plataformas de jogos de azar e influenciadores digitais, que usavam suas próprias redes sociais para atrair as vítimas.
De acordo com as investigações da Polícia Civil do Ceará, os influenciadores, com milhares de seguidores, apareciam na internet jogando em cassinos online e apresentando ganhos fictícios. A polícia descobriu que eles utilizavam uma conta teste para enganar os seguidores.
As investigações indicam que o esquema era estruturado, com uma rede composta por gerentes, agentes e influenciadores, que negociavam diretamente com os chefes das plataformas ilegais.
Os donos dos cassinos online estão localizados no exterior, sendo a maioria na China. Os presos, que não tiveram os nomes divulgados, permanecem à disposição da Justiça.
