O governo da Bahia apresentará ao governo federal, um plano emergencial de enfrentamento a seca prolongada, que já afeta regiões do estado. O documento será elaborado por secretários estaduais, dirigentes de órgãos ligados à defesa civil, segurança hídrica, desenvolvimento rural e assistência social, entre outros, com o objetivo de consolidar estratégias e definir novas e próximas ações do governo.
A reunião realizada na manhã deste domingo (6), no Centro de Operações e Inteligência (COI), com a equipe e o o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, serviu como base para a elaboração do plano que será apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda nesta semana, em Brasília.
“A Bahia sempre teve embates firmes com os efeitos da seca. É histórico. Mais de 70% do nosso território é semiárido, e agora temos regiões em transição para condição de áridas, praticamente em processo de desertificação”, explicou Jerônimo.
O governador destacou que, atualmente, cerca de 65 municípios já decretaram situação de emergência, e esse número deve aumentar nos próximos dias.
“O decreto facilita o acesso a recursos federais e o aporte do próprio Estado para ações emergenciais.”, disse o chefe do executivo do estado.
Segundo ele, as iniciativas incluem limpeza de aguadas, apoio com carros-pipa, construção de cisternas e entrega de equipamentos para alimentação animal.
“Nós já tivemos reuniões com o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e voltaremos a Brasília com um documento mais denso, definindo responsabilidades dos Municípios, do Estado e da União. Com isso, poderemos anunciar novos investimentos em até dez dias.”
Gravidade
O secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, reforçou a gravidade da situação e a importância do planejamento coordenado.
“Essa reunião garante um planejamento diferenciado para enfrentar o momento e conviver com a seca. O governador nos garantiu que, na próxima semana, o plano será finalizado e publicado, agregando também as ações do governo federal”, afirmou.
Ele também destacou que a situação climática tem se agravado, com três meses de chuvas abaixo da média e previsão de pouca precipitação nos próximos períodos. “A prioridade agora é garantir a produtividade, manter os animais vivos e assegurar o bem-estar do homem e da mulher do campo.”


Também presente na reunião, o coordenador-geral do programa Bahia Sem Fome, Tiago Pereira, lembrou a importância de integrar as ações de combate à estiagem com o enfrentamento à insegurança alimentar.
“Não existe combate aos efeitos da seca sem se falar em combate à fome. Já entregamos cerca de 60 mil cestas básicas em 165 municípios, desde 2024. A determinação do governador é ampliar esse atendimento. Já temos 40 mil cestas estocadas para 2025, visando atender todas as cidades em emergência”, explicou.
O governador da Bahia encerrou destacando a importância da articulação com os prefeitos, a Assembleia Legislativa e a bancada federal para execução do plano emergencial.
“Estamos elaborando um plano de trabalho robusto e realista. Com apoio dos deputados, das emendas parlamentares e da parceria com o governo federal, vamos garantir respostas rápidas e eficientes à população mais afetada”, concluiu.
As informações são do repórter, Raul Rodrigues, do governo da Bahia.
Você também pode participar deixando uma sugestão de pauta. Siga o Canal Rural Bahia no Instagram e nos envie uma mensagem.