As chuvas da última semana no oeste catarinense contribuíram para aliviar os impactos da seca no Estado, segundo avaliação do Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri/Ciram).
Segundo o órgão estadual, as chuvas foram mais intensas justamente onde a escassez hídrica era mais crítica, nas áreas próximas à divisa com o Rio Grande do Sul.
“Apesar de a distribuição das chuvas ter sido irregular, o fenômeno ajudou a aliviar parcialmente os efeitos da estiagem nas regiões Oeste e Meio Oeste”, detalha o Epagri/Ciram em nota.
Até o momento, a previsão é de uma queda de 35% na produtividade inicial prevista para o milho safrinha nas regiões mais afetadas, como a microrregião de São Miguel do Oeste, especialmente devido ao subdesenvolvimento e morte de plantas.
Até a última semana, 65% das lavouras de milho de Santa Catarina eram consideradas boas condições, 22% em médias condições e 15% foram avaliadas como ruins
No caso da soja de segunda safra, em fase de desenvolvimento, floração e início da formação dos grãos, a previsão é de perdas de pelo menos 30% devido à seca.
“Em São Miguel do Oeste, os produtores estão aplicando fungicidas e inseticidas para proteger a lavoura. Alguns municípios já iniciaram levantamentos para a elaboração de laudos de perdas”, detalha o boletim do Epagri/Ciram.
O órgão também destacou os benefícios da chuva para a cultura do feijão. Atualmente, 84% da área plantada no Estado é considerado em boas condições.