O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (8) que as medidas anunciadas neste ano pelo governo – isenção do imposto de renda, consignado privado e liberação do saldo retido do FGTS – não foram formuladas para estimular a atividade econômica.
“Em nenhum momento pensamos em arrecadar mais ou menos, ou fazer mais estímulos”, afirmou o ministro durante participação em fórum do Bradesco BBI. Haddad frisou que o bloqueio do FGTS a demitidos que aderiram ao saque-aniversário não era justo, e poderia ser facilmente contestado na Justiça.
Já o crédito consignado a trabalhadores do setor privado, explicou, vai evitar o super endividamento no momento de alta dos juros. Se o consignado privado reduzir os juros de 5% para 2,5% ao mês, assinalou, os bancos vão continuar ganhando.
Por fim, concluiu Haddad, a ampliação da faixa de isenção do imposto de renda para salários de até R$ 5 mil foi uma promessa de campanha não só do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas também de seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O ministro disse que o projeto de isenção enviado pelo Executivo é neutro do ponto de vista fiscal, vale apenas a partir do ano que vem e beneficia 15 milhões de brasileiros a partir da cobrança de 141 mil pessoas – menos de 1% da população – que atualmente não pagam imposto de renda. “Não consigo enxergar projeto mais justo que esse.”
Haddad também ressaltou que o governo tem buscado alternativas para que investidores e consumidores tenham acesso a crédito mais “moderno, transparente e competitivo”.
Após revelar, em evento pela manhã da indústria de construção, que o governo prepara nova medida para baratear o crédito, o ministro disse que a Fazenda está tomando providências para manter os fundos de financiamento da habitação. Conforme Haddad, todas as reformas, tanto de crédito quanto tributária, têm um efeito benéfico para a economia.
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