Criminosos atacaram uma agência da Caixa Econômica Federal em Guaxupé, no Sul de Minas Gerais, na madrugada desta terça-feira (8). A forma de ação ficou conhecida, desde o fim dos anos 90 no país, como “Novo Cangaço”.
Estes ataques são classificados como “Novo Cangaço” por serem praticados por grupos de criminosos que cercam uma cidade, durante a noite ou madrugada, geralmente no interior estadual, e rouba grandes quantidades de dinheiro.
Para o professor da Faculdade Getúlio Vargas (FGV), Rafael Alcadipani, e especialista em Segurança Pública o termo faz referência a “ações em que há tentativa de domínio de uma cidade inteira para os criminosos tentarem extrair vultuosos volumes de agências bancárias”.
Essas intervenções nas cidades são violentas, nas quais os grupos impedem a ação do poder público de uma região por meio do planejamento e execução de assaltos que causam um verdadeiro terror social em cidades pequenas.
Ataque em Guaxupé
O ataque começou por volta das 01h45, na Avenida Doutor João Carlos, Centro da cidade. Os criminosos estavam armados e efetuaram diversos disparos de arma de fogo, além de usar explosivos contra a agência da Caixa, invadindo o local.
Simultaneamente ao ataque ao banco, outro grupo, também armado, disparou contra o prédio do quartel da Polícia Militar e a base da Guarda Municipal da cidade.
Pelas redes sociais, moradores relataram o terror. “Guaxupé foi atacada por essas quadrilhas de roubos a banco. Que noite terrível! Acordaram a cidade inteira com os tiros e explosões”, escreveu uma moradora.
Um agente da PM que estava no interior do quartel sofreu um ferimento na mão causado por estilhaços de vidro. Cerca de cinco veículos foram utilizados na ação criminosa.
Até o momento, não há confirmação sobre se os bandidos conseguiram roubar algum valor.
Em nota, a Polícia Federal disse que enviou equipes para a cidade para investigar os eventos ocorridos, que envolveu uma agência da Caixa Econômica Federal local., contando com o apoio da Polícia Civil e da Polícia Militar.
