10 de Maio de 2025

Capim-elefante desponta como alternativa energética para agroindústria de Mato Grosso

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    Uma pesquisa de doutorado desenvolvida na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapemat), apontou o capim-elefante BRS Capiaçu como uma solução viável para geração de energia na agroindústria, especialmente em usinas de etanol.

    O estudo avaliou a capacidade do capim-elefante de produzir biomassa em larga escala, com potencial de alcançar até 50 toneladas de matéria seca por hectare ao ano. Segundo os dados levantados, a planta pode ser utilizada como fonte de energia elétrica, substituindo gradativamente a madeira nativa utilizada nas caldeiras industriais.

    Com características energéticas semelhantes ao eucalipto e à madeira amazônica, o capim-elefante oferece a vantagem de cultivo rápido e renovável, sem causar desmatamento. Isso o torna uma alternativa sustentável em meio à crescente demanda energética do setor agroindustrial no Mato Grosso.

    A necessidade de novas fontes de biomassa se intensifica diante da pressão sobre os recursos florestais da região, incapazes de atender à demanda sem comprometer a preservação ambiental. Atualmente, o capim-elefante é amplamente utilizado na alimentação animal, mas sua aplicação energética já começa a ganhar espaço. No município de Vera, uma lavoura foi implantada com foco na produção energética para usinas de etanol.

    Defendido em fevereiro de 2025, o trabalho faz parte do programa de pós-graduação em Biotecnologia e Biodiversidade da Rede Pró-Centro-Oeste. A pesquisa segue em desenvolvimento com apoio contínuo da Fapemat, além de parcerias internacionais e institucionais que visam aprofundar o uso da planta em bioenergia e sustentabilidade.

    MATO GROSSO – CenárioMT

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