5 de Maio de 2025

Dengue e chikungunya já causaram mais de 50 mortes em 2025 Mato Grosso

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    Os números da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) revelam um cenário preocupante em Mato Grosso, com mais de 50 vidas perdidas para a dengue e a chikungunya somente neste ano. Diante do aumento significativo de casos e óbitos em todo o estado, Várzea Grande, um dos epicentros da proliferação das arboviroses, implementa uma ação emergencial para tentar conter o avanço do mosquito Aedes aegypti, vetor dessas doenças, além da zika.

    A gestão municipal iniciou a aplicação do fumacê (nebulização espacial ultrabaixo volume – UBV) em 46 bairros da cidade, áreas identificadas com os maiores índices de infestação do mosquito. Essa medida, segundo a Prefeitura, é uma resposta ao cenário crítico, que seria resultado de falhas na gestão de resíduos, na fiscalização urbana e na ausência de campanhas educativas contínuas de prevenção.

    A operação de fumacê abrangerá mais de 2.300 quarteirões, com uma cobertura estimada de 65.156 imóveis. A secretária municipal de Saúde de Várzea Grande, Deisi Bocalon, justificou a ação como uma intensificação das estratégias de prevenção e combate já em andamento desde janeiro, visando “zerar o contágio”.

    A adoção do fumacê em Várzea Grande conta com a orientação do Ministério da Saúde e o apoio do Governo do Estado, que cedeu três veículos para a aplicação do inseticida. A medida busca reduzir a população de mosquitos adultos infectados, interrompendo a cadeia de transmissão das doenças e, consequentemente, diminuindo a pressão sobre as unidades de saúde.

    A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) enfatiza que o fumacê é uma ferramenta complementar e que o combate efetivo ao Aedes aegypti depende fundamentalmente da ação da população na eliminação de criadouros dentro de suas residências.

    Embora o inseticida utilizado seja recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), especialistas alertam para a necessidade de um uso criterioso, devido ao potencial impacto ambiental e ao risco de desenvolvimento de resistência nos mosquitos. A ação do veneno tem uma duração limitada, de aproximadamente 30 minutos, dependendo das condições climáticas.

    Os dados do Serviço de Inteligência Estratégica para a Gestão Estadual (Sieges) revelam a gravidade da situação em todo o Mato Grosso, com 22.816 casos prováveis de dengue e 23 mortes confirmadas ou em investigação em 2025. Em relação à chikungunya, são 67 óbitos, entre confirmados e em análise. Várzea Grande, apesar das medidas de controle, registra um alto índice de casos prováveis de dengue (2.534) e chikungunya (3.407), com taxas de incidência que já ultrapassam o limiar epidêmico estabelecido pela OMS.

    MATO GROSSO – CenárioMT

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