O balanço financeiro de 2024 do Paraná Clube mostrou um aumento na dívida de mais de R$ 8 milhões, mas se dependesse apenas do futebol, a história seria diferente. O lucro do ano com o time foi de R$ 897 mil.
No ano passado, apenas com os jogos da segunda divisão do Campeonato Paranaense, o Tricolor teve uma receita de R$ 7,3 milhões.
Deste valor, R$ 4,4 milhões foram com receitas nos estádios. A torcida paranista lotou os três estádios de Curitiba – Ligga Arena, Couto Pereira e Vila Capanema – durante o Estadual.
Além disso, o Paraná Clube recebeu R$ 2,2 milhões com patrocínios e publicidade. Outras rendas na temporada passada vieram de Timemania (R$ 533 mil), locação (R$ 130 mil), vendas de direitos econômicos (R$ 17 mil) e cadeiras e camarotes (R$ 13 mil).
Por outro lado, o Tricolor teve R$ 6,46 milhões de gastos para jogar as 13 partidas da segunda divisão do Campeonato Paranaense. As maiores despesas foram com salários R$ 2,015 milhões) e servições profissionais (R$ 1,118 milhões).
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Torcida abraçou o Paraná Clube
Em 2024, o Paraná Clube teve um público total nos seis jogos como mandante na segunda divisão do Estadual de 141.302 torcedores. O melhor deles foi logo na estreia, quando 36.737 pessoas lotaram as arquibancadas da Ligga Arena na vitória por 1 a 0 sobre o Nacional.
Mesmo em um momento ruim e sem calendário nacional, o Tricolor teve uma média de 20.186 pagantes e superou cinco times que disputaram a Série A do Campeonato Brasileiro.
A expectativa era de um início de uma nova era, mas o Paraná Clube foi rebaixado novamente para a segunda divisão do Paranaense. Mesmo com a campanha ruim, a torcida esteve ao lado do time em todo o Estadual. A média em 2025 foi de 8.337 pagantes, a terceira melhor da competição.
Social dá prejuízo ao Paraná Clube
O maior responsável pelo prejuízo do Paraná Clube no ano passado é o departamento social. O déficit foi de R$ 9,392 milhões.
Foram apenas R$ 3,020 milhões de receitas com locação dos móveis, entre eles a Sede da Kennedy, além de recuperação de despesas, doações e taxas.
Em contrapartida, o Tricolor teve uma despesa de R$ 12,41 milhões no social, sendo os grandes responsáveis os juros da Recuperação Judicial (R$ 3,897 milhões), provisão e reversões para contingências (R$ 3,75 milhões) e atualização da dívida da RJ (R$ 1,713 milhão).
