O ciclo de aperto monetário pode ter terminado nesta quarta-feira (7). Essa é a avaliação dos analistas do Citi. Para o banco norte-americano, a autoridade monetária brasileira deve manter os juros nesse nível até o final de 2025.
O banco argumenta que o comunicado divulgado nesta noite sinaliza uma mudança de rota: a partir de agora, a política monetária será mais “dependente de dados” e, crucialmente, mais “cautelosa”.
“Como esperamos que o cenário da inflação doméstica melhore gradualmente a partir de agora, vemos o Copom em modo de espera até o final do ano”, afirma o relatório do Citi.
O ponto central da análise do Citi está na recalibragem da avaliação de riscos para a inflação feita pelo Copom. O comitê removeu do comunicado a indicação anterior de que o balanço de riscos era “assimétrico para cima” — ou seja, com maior probabilidade de surpresas de alta nos preços.
Agora, o BC enfatiza “maiores riscos de cauda em ambas as direções”, sugerindo que as incertezas aumentaram tanto para uma inflação maior quanto menor que a esperada. São três riscos para cada lado: três de alta dos preços e três de queda dos preços.
No comunicado, o Copom introduziu um novo fator de risco de baixa para a inflação: “o potencial efeito desinflacionário da queda nos preços das commodities”.
Para o Citi, essa adição desse fator é um sinal claro de que a autoridade monetária passou a considerar um balanço de riscos mais simétrico – ainda que o termo “simétrico” não esteja no comunicado.
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