O senador Wellington Fagundes (PL-MT), líder do Bloco Vanguarda, confirmou nesta quarta-feira (7) seu apoio à instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar supostos desvios bilionários de recursos da Previdência Social. Segundo o parlamentar, o escândalo pode já ter ultrapassado R$ 90 bilhões, valor muito acima dos R$ 6 bilhões inicialmente estimados.
A expectativa é que o protocolo do pedido de abertura da CPMI seja realizado na próxima segunda-feira, 20 de maio. Até o momento, já foram colhidas 167 assinaturas, 131 de deputados e 36 de senadores, número superior ao mínimo exigido para a criação da comissão.
Fagundes afirma que a situação do governo federal se tornou “insustentável” diante das denúncias, e criticou duramente a condução do Ministério da Previdência. “O próprio ministro Carlos Lupi admitiu que houve ‘safadeza’ com os recursos da Previdência. Agora querem que o Tesouro cubra o rombo. Isso é desumano! A nossa Previdência vai quebrar, e quem pagou a vida toda pode ficar sem receber no final da vida”, declarou.
O senador também questionou a nomeação do atual secretário-executivo da pasta para o comando do ministério, alegando que ele assinou atos administrativos suspeitos. “Trocar o ministro pelo vice, que também participou da irregularidade, é um escárnio”, disse.
Já assinando o requerimento da CPMI, Fagundes tem atuado na articulação política em apoio à proposta. Ele elogiou a atuação da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e da deputada Coronel Fernanda (PL-MT), que lideram o movimento no Congresso Nacional. “Vamos instalar esta comissão da pouca vergonha, da desumanidade. O dinheiro do INSS pertence a todos os brasileiros que contribuíram com dignidade e trabalho. Não vamos abrir mão de ver os responsáveis punidos e os valores devolvidos ao povo.”
Por fim, o parlamentar fez um apelo à população para pressionar seus representantes. “Converse com o seu parlamentar, cobre sua assinatura. Essa comissão é do povo e pela dignidade dos nossos aposentados.”
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