10 de Junho de 2025

Vendas do varejo crescem 0,6% em abril, diz índice da Stone

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    As vendas do varejo apresentaram uma alta de 0,6% em abril, segundo o Índice do Varejo Stone (IVS). No comparativo com o mesmo mês do ano anterior, o crescimento foi de 0,4%.

    “Apesar da alta pontual em abril, é importante observar que o desempenho positivo se deve principalmente à baixa base de comparação, visto que março apresentou queda de 1,2%”, afirmou Matheus Calvelli, pesquisador econômico e cientista de dados da Stone.

    “Ou seja, a leve recuperação observada não é suficiente para compensar o baixo nível de atividade anterior”, acrescentou

    Segundo o levantamento, sete dos oito segmentos analisados tiveram crescimento mensal, com destaque para livros, jornais, revistas e papelaria (7%) e material de construção (2,1%).

    O único setor que registrou retração foi o de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com queda de 2,2% no comparativo mensal.

    “O segmento foi um dos poucos que apresentou resultado positivo em março, com alta de 2%. Portanto, a queda do mês apenas retorna o setor para níveis similares aos dos últimos meses”, explicou Calvelli.

    O pesquisador econômico também relacionou a queda com o cenário de alta inflação e disse que a população tende a antecipar o máximo possível o consumo de bens essenciais.

    Já o comércio digital apresentou um crescimento de 5,3% em abril, mas teve retração de 4,8% no comparativo anual.

    “O comércio digital, apesar de apresentar níveis diferentes, também vem apontando na mesma direção de desaceleração dos índices gerais. A alta do mês está muito mais atrelada ao baixo nível de comparação, dado a queda de 9,2% do mês passado”, disse o pesquisador.

    Dentre os estados analisados, 19 apresentaram crescimento anual nas vendas, com destaque para Acre (12,1%), Amapá (9,4%) e Sergipe (8,6%).

    Já o Distrito Federal liderou as retrações, com queda de 4,7%, seguido por Mato Grosso do Sul (-4,4%) e Rondônia (-3,3%).

    Para avaliar uma possível reversão desse quadro nos próximos meses, Calvelli destaca a importância de monitorar indicadores-chave.

    “Alguns dos principais indicadores que merecem atenção são a evolução da taxa de desemprego, o volume de criação de empregos formais, os índices de inadimplência e o nível de endividamento das famílias. Além disso, o comportamento da inflação e a política de juros continuam sendo fundamentais para entender a dinâmica do consumo”, concluiu.

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