A prefeitura de Curitiba alertou os moradores sobre os assentos preferenciais em ônibus da cidade.
O aviso foi direcionado para mães de bebês reborn. A postagem, compartilhada nas redes sociais da prefeitura, ainda diz que “os reborns são fofos, mas não garantem lugar no amarelinho”.
O anúncio chega na semana em que o assunto repercutiu nas redes sociais. Brigas na justiça de ex-casais por “guarda” de bebês reborn e projetos de lei que visam proibir atendimentos em unidades de saúde pública para as bonecas.
Por este motivo, os ex-companheiros disputam, além da posse da boneca, a administração dos perfis que geram engajamento, publicidades e lucros.
“A bebê reborn tem um Instagram, que a outra parte [do casal] também tem o desejo de ser administradora da conta, pois o perfil já rende monetização. Segundo ela, o Instagram da bebê deveria ser das duas pessoas. A conta é um ativo digital atualmente, então também pode ser considerado como patrimônio”, disse Suzana.
Além disso, a cliente que procurou a advogada queria regulamentar a “convivência” com a boneca e impedir que a ex-companheira tivesse acesso à “filha reborn”. O impasse inclui também a divisão dos custos com a boneca e um enxoval feito para a bebê.
“Não é meme”, afirmou a advogada, que disse ter ficado abalada com o caso. “A loucura da sociedade impacta diretamente na nossa profissão. São demandas reais”, escreveu.
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Sara Gomes é comerciante e artista reborn desde 2002 • Sara Gomes/Arquivo Pessoal
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Os bebês reborn produzidos por Sara Gomes são feitos a partir de kit de vinil • Sara Gomes/Arquivo Pessoal
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Mylla, de 21 anos, é criadora de conteúdo reborn; na foto, ela aparece segurando sua boneca Eloá • Mylla Reborn/Arquivo Pessoal
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Bento é o bebê reborn de Y.B. e viralizou no TikTok após a jovem gravar um vídeo levando-o ao hospital • Y.B./Arquivo pessoal
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Bebês reborn viraram alvo de polêmica nas redes sociais • Instagram/Monickie Urbanjos
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Bebê reborn feito por Júlia Brandão • Instagram/ateliejuliabrandao
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Bebê reborn Aurora feita por Monickie Urbanjos • Instagram/Monickie Urbanjos
Três projetos de lei foram protocolados para criar restrições aos bebês reborn, mais conhecidos como bonecos ultra realistas. A ideia é proibir o atendimento em unidades de saúde públicas privadas, filas preferenciais, entre outros benefícios.
Uma dos textos, do deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL), de Minas Gerais, apresentou projeto para proibir tentativas de atendimento hospitalar das simulações.
Já a proposta do deputado Zacharias Calil (União Brasil-GO), quer tipificar como infração administrativa o uso desse tipo de boneco ou de qualquer outro objeto ou artifício que simule a presença de criança de colo, para receber ou usufruir dos benefícios.
O parlamentar quer impor a pena de multa para a infração, com valor que pode variar de cinco a 20 salários mínimos – com possibilidade do dobro do valor em caso de reincidência. Os recursos arrecadados com multas devem ser alocados em fundos voltadas à primeira infância.
Nas redes sociais, usuários passaram a mostrar suas rotinas com bebês reborn, que costumam ter nomes e, até mesmo, documentação. Os relatos simulam comportamentos de bebês reais, com episódios de choro e de alimentação por mamadeira, e até a procura médica.
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