A Gol afirmou que o juiz da recuperação judicial da companhia nos Estados Unidos aprovou o plano de reestruturação da empresa em audiência realizada nesta terça-feira (20).
Com a aprovação, a empresa espera deixar o processo de recuperação judicial em junho, afirmou a Gol.
As ações da Gol ampliavam ganhos a 12% às 16h20, enquanto o Ibovespa mostrava avanço de 0,1%.
A Gol afirmou após a audiência que deixará o processo de recuperação com cerca de US$ 900 milhões em liquidez e alavancagem financeira de 5,4 vezes, que deve se reduzir a 2,7 vezes ao final de 2027. No primeiro trimestre, a alavancagem recorrente foi de 5,8 vezes dívida líquida sobre Ebitda.
Dentro do plano, a Gol afirmou que conseguiu reduzir dívidas com tributos e outros passivos no Brasil em cerca de US$ 750 milhões.
A empresa prevê entregas de mais cinco jatos Boeing 737 MAX este ano e afirmou que “está no caminho para retornar à capacidade doméstica pré-pandemia”, mantendo cronograma para “recuperar todas as aeronaves até o primeiro trimestre de 2026” em meio a um processo de reforma que envolveu mais de 50 motores.
Após a aprovação do plano, a Gol agora tem que conseguir sinal verde de assembleia de acionistas para um aumento de capital bilionário.
A operação, aprovada no início do mês pelo conselho de administração, envolve entre R$ 5,34 bilhões e R$ 19,25 bilhões, uma das maiores do tipo já realizadas no país.
A Justiça dos EUA aprovou o plano da Gol nesta terça-feira depois que a empresa anunciou na sexta-feira ter conseguido adesão suficiente entre credores e investidores para um financiamento de US$1,9 bilhão, com uma demanda que superou o volume de recursos que pretendia levantar.
No primeiro trimestre, a Gol teve alta de 43,6% no lucro líquido na comparação anual, para R$ 1,65 bilhão, enquanto o resultado operacional medido pelo Ebitda chegou a R$ 1,54 bilhão, alta de 17,4%, segundo termos ajustados e recorrentes.
A holding Abra, que controla a Gol, negocia uma fusão da companhia aérea com a rival Azul, que nos últimos dias tem sido uma preocupação entre investidores sobre seu próprio processo de reestruturação financeira.
Até agora, a Azul é a única grande empresa aérea do Brasil que não precisou recorrer a um processo de recuperação judicial.
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