Gatos miam mais para tutores homens, aponta novo estudo

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Pesquisa mostra que homens recebem mais miados, enquanto mulheres despertam outras formas de comunicação felina

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Imagem: Pixel-Shot/Shutterstock

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Pesquisadores da Universidade de Ankara descobriram que gatos domésticos vocalizam com mais frequência quando seus tutores homens chegam em casa.

O estudo, publicado na revista Ethology, analisou de forma inédita o comportamento felino nos primeiros momentos após a chegada dos humanos — e sugere que os gatos adaptam sua comunicação conforme o perfil do tutor.

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Pesquisadores dizem que felinos ajustam a vocalização porque tutores do sexo masculino tendem a interagir menos (Imagem: rai106/Shutterstock)

Miados sob medida

  • Até agora, grande parte do conhecimento sobre interação entre gatos e humanos vinha de relatos informais dos donos.
  • Para entender melhor essa dinâmica, a equipe liderada por Yasemin Salgirli Demirbas observou 31 gatos em seus próprios lares, usando gravações feitas pelos tutores com câmeras presas ao peito.
  • Os cientistas analisaram apenas os primeiros 100 segundos após a chegada dos tutores, registrando 22 comportamentos, como número de miados, esfregar a cabeça nas pernas e sinais de estresse, incluindo bocejos.
  • A diferença mais marcante surgiu na vocalização: em média, os gatos emitiram 4,3 miados ao cumprimentar homens, contra 1,8 ao cumprimentar mulheres. O padrão se repetiu independentemente de raça, idade ou sexo dos animais.

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Um gato apoiando a cabeça na perna de uma pessoa
Comportamento pode ser uma estratégia para capturar a atenção de tutores menos comunicativos (Imagem: Irina Gutyryak/Shutterstock)

Segundo os autores, uma possível explicação é que homens tendem a falar menos com seus pets, levando os gatos a vocalizar mais para chamar sua atenção. Assim, os felinos ajustariam suas estratégias de comunicação para garantir uma resposta.

Uma saudação multifacetada

O estudo também revelou que o “olá” felino é mais complexo do que se imaginava. Os gatos combinam sinais sociais — como rabo erguido, aproximação e esfregões — com comportamentos de enfrentamento, como alongar, arranhar ou bocejar.

Para os pesquisadores, essa mistura indica tanto um desejo de conexão quanto um mecanismo para aliviar o estresse da separação.

Embora os resultados ofereçam novos insights sobre o comportamento felino, os autores lembram que o estudo foi pequeno e conduzido apenas na Turquia. Pesquisas mais amplas são necessárias para entender se essas diferenças de vocalização se repetem em outras culturas.

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Saudação felina envolve mistura de afeto e mecanismos para aliviar estresse após separação – Imagem: Magui RF/Shutterstock
Leandro Costa Criscuolo

Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Layse Ventura

Editor(a) SEO

Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.

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