Explosão solar intensa provoca apagões de rádio

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Uma nova tempestade solar chamou a atenção de pesquisadores nesta semana após o Sol liberar uma intensa erupção do tipo X1.1, uma das categorias mais fortes registradas. O evento ocorreu nas primeiras horas desta segunda-feira (8) e afetou diretamente as comunicações de rádio em regiões da Austrália e do sudeste da Ásia. As informações são da Space.com.

A explosão partiu da região ativa AR4298, que se aproxima do limite oeste do disco solar e deve sair de vista nos próximos dias. A erupção atingiu seu pico às 2h01 (horário de Brasília), acompanhada de um rápido pulso de radiação capaz de ionizar as camadas superiores da atmosfera terrestre, produzindo blecautes temporários de sinais de alta frequência.

Erupção X1.1 ocorre em semana marcada por atividade intensa no Sol

A tempestade solar veio acompanhada de uma ejeção de massa coronal (CME), um grande volume de plasma e campos magnéticos lançado ao espaço. Porém, análises iniciais feitas a partir de imagens de coronógrafos indicam que essa CME específica não está direcionada à Terra.

A erupção atingiu seu pico às 2h01 (horário de Brasília), acompanhada de um rápido pulso de radiação capaz de ionizar as camadas superiores da atmosfera terrestre (Crédito: Skorzewiak / Shutterstock)

Mesmo assim, o episódio se soma a uma sequência de eventos solares que já vinham preocupando agências de monitoramento. Outras CMEs, associadas a erupções recentes, têm previsão de alcançar o planeta entre 8 e 9 de dezembro.

Por isso, centros meteorológicos espaciais como o NOAA Space Weather Prediction Center e o U.K. Met Office emitiram alertas de possíveis tempestades geomagnéticas de nível G2 a G3 — intensidade moderada a forte.

Esse tipo de atividade pode tornar auroras visíveis em latitudes altas e até médias, dependendo da força da interação com o campo magnético terrestre.

Como uma tempestade solar causa blecautes de rádio?

Para entender os impactos da tempestade solar, é importante compreender como funcionam as fulgurações solares. As erupções ocorrem quando a energia magnética acumulada na atmosfera solar é liberada repentinamente, emitindo radiação em diversos comprimentos de onda. Elas são classificadas conforme sua intensidade:

  • X-class: as mais fortes
  • M-class: dez vezes mais fracas que as X
  • C, B e A: categorias progressivamente menores

O evento registrado foi um X1.1, colocando-o entre os mais potentes.

As erupções solares ocorrem quando a energia magnética acumulada na atmosfera solar é liberada repentinamente (Créditos: Artsiom P – Shutterstock. Edição: Olhar Digital)

Quando esse tipo de radiação atinge a Terra, ela ioniza as camadas mais densas da ionosfera. Isso faz com que ondas de rádio de alta frequência — que normalmente refletem em camadas superiores — percam energia ao atravessar regiões mais carregadas de partículas. O resultado são falhas, distorções ou completa perda do sinal, exatamente como ocorreu no blecaute registrado na Austrália.

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A sequência de eventos reforça que o ciclo solar atual segue em fase ativa, e novas perturbações geomagnéticas podem surgir conforme a região AR4298 se desloca pelo disco solar.

Olhar Digital

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