Olhar Digital > Pro > Senado: marco legal do Sistema de Pagamentos Brasileiro vai dar mais segurança ao Pix
Comissão do Senado aprova marco legal que aprimora supervisão, segurança e regras das IMFs no sistema financeiro
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A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou o PL 2926/23, que estabelece um novo marco legal para o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
A proposta busca modernizar o ambiente de transferências financeiras no país, reforçar a segurança das operações — incluindo meios já consolidados, como o Pix — e aprimorar a capacidade de supervisão das autoridades. O texto segue agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). As informações são da Agência Brasil.
Modernização das regras e foco na segurança
O projeto reorganiza funções e responsabilidades dos agentes reguladores, oferecendo definições mais claras sobre sua atuação no setor. A iniciativa coloca o gerenciamento de riscos no centro das mudanças, com medidas voltadas a diminuir o risco de liquidação — quando uma instituição não cumpre as obrigações assumidas em transações.

De acordo com o relator Rogério Carvalho (PT-SE), a popularização do Pix demonstra o papel essencial das infraestruturas do mercado financeiro (IMFs) no cotidiano da população e na dinâmica da economia. O parlamentar destaca que o novo marco legal melhora os mecanismos de mitigação de riscos, considerados essenciais para o funcionamento saudável dos mercados.
Regras para instituições consideradas sistêmicas
O texto prevê nova prerrogativa ao Banco Central (BC), que poderá definir quais operadoras de IMF serão consideradas sistemicamente importantes, especialmente aquelas com grande volume de operações. Essas instituições terão exigências adicionais de proteção, como:
- Presença obrigatória de uma contraparte central;
- Possibilidade de atuação de um garantidor para assegurar a liquidação das obrigações.

A contraparte central se coloca entre as partes da transação, assumindo o risco de crédito de ambas. Já o garantidor passa a ser responsável por honrar compromissos caso algum participante não cumpra o acordado.
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O projeto também estabelece que o Banco Central e bancos públicos não poderão exercer esses papéis — contrapartes centrais ou garantidores — salvo em situações excepcionais previstas em lei.
Colaboração para o Olhar Digital
Jornalista com mais de 13 anos de experiência, tenho faro pela audiência e verdadeira paixão em buscar alternativas mais assertivas para a entrega do conteúdo ao usuário.
Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.








