O setor moveleiro de Mato Grosso tem se destacado pelo constante crescimento ao longo dos últimos cinco anos, com um aumento empresarial de cerca de 40%, registrados entre 2020 e 2025, com uma média anual de 527 novas empresas, evidenciando a força do setor, mesmo diante das oscilações do cenário econômico estadual e nacional.
Pensando em fortalecer e apoiar as indústrias regionais ligadas ao setor, o Sebrae/MT (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso) firmou um convênio junto a Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), para acelerar e estruturar os polos moveleiros do Estado.
Segundo Renata Cândida, gestora do Sebrae Nacional, reforça que a ação tem o objetivo de fomentar e apoiar o setor em todo estado.
“Mato Grosso, como um todo é extremamente importante, não só pelas características moveleiras, mas por conta da base florestal também. A escolha de estar aqui com um dos pilotos é para que fortalecer e criar posicionamento da indústria do estado para alcançar tanto o nível Brasil como o internacional”, enfatiza a gestora nacional do setor moveleiro do Sistema Sebrae.
Em Mato Grosso, o Sebrae/MT trabalha desde 2008, com projetos no setor de móveis, por meio de Arranjos Produtivos Locais (APLs). Dentre as regiões contempladas, estão as cidades do norte, sul e vale do Teles Pires. Esses projetos ajudam a organizar a produção local, estimular cooperação entre empresas e gerar escala e competitividade.
“Esse projeto trata não só da promoção comercial, mas da organização de um polo da industrialização moveleira, para que o estado desenvolva madeira, móveis e design, reconhecidos nacionalmente, com uma identidade, com uma cultura e com suas características, sempre atuando com uma economia da base florestal que respeita a natureza”, destaca o diretor Técnico do Sebrae/MT, André Schelini.
O segmento de Madeira e Móveis em Mato Grosso reúne 9.216 empresas ativas, considerando todas as atividades econômicas principais relacionadas ao setor. Desse total, 8.840 são micro e pequenas empresas, o equivalente a cerca de 96%, o que reforça a relevância dos pequenos negócios como base da cadeia produtiva no estado.
“O projeto trazido à Mato Grosso visa beneficiar as micro e pequenas empresas, por meio de ações que aumentem a competitividade. A Abimóvel já tem uma experiência de atuar junto a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, do Governo Federal”, frisa o gerente de projetos da Abimóvel, Willian Casarim.
A ação realizada nesta terça-feira (09.12), na sede do Sebrae/MT, reuniu empresários do setor, gestores do Sebrae Nacional, representantes da Abimóvel, do Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Mobiliário do Estado de Mato Grosso (Sindimóvel), o presidente do Sistema Fiemt (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso), Silvio Rangel, além de representantes do Governo Estadual e Municipal.
Dados relevantes
O maior crescimento percentual ocorreu no Sudeste (54,6%), seguido pela Região Metropolitana (51,5%) e pelo Nordeste (44,6%). Em termos absolutos, a Região Norte concentra o maior número de empreendimentos, totalizando 2.994 empresas. Esse avanço em diferentes territórios evidencia que o setor não apenas cresce, mas se expande pelo estado, fortalecendo polos produtivos regionais.
“Coloco a Federação prontamente à disposição para que a gente possa fazer uma evolução dessa tratativa e agradecer por ter escolhido Mato Grosso. Acho que é um estado realmente importante quando você fala em base florestal e essa matéria-prima que temos em abundância e pode ser muito mais elevada n condição de qualidade”, afirma o presidente da Fiemt.
Compõem a área moveleira as frentes de fabricação de móveis (30%), comércio varejista de móveis (19,7%), indústria de serragem / desdobramento de Madeira (14,0%), montagem de móveis (12,8%), comércio varejista de madeira e artefatos (9,8%), fabricação de artefatos diversificados de madeira (5,4%), reparação de mobiliário (4,0%) e o comércio atacadista e indústrias específicas (4,1%).
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