“Mato Grosso é rico, mas falha em garantir atendimento digno na saúde”, aponta Janaina

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Em aparte durante a fala do deputado Dr. João José (MDB), durante a sessão desta quarta-feira (10), que abordava o envio de órgãos de Mato Grosso para transplantes em outros estados, a deputada estadual Janaina Riva (MDB) fez um duro diagnóstico da situação da saúde pública estadual. Para ela, apesar do avanço econômico do estado, a área da saúde ainda caminha a passos lentos e não garante atendimento digno à população.

Janaina destacou que Mato Grosso evoluiu em diversos setores nos últimos anos, mas a melhoria não foi sentida na ponta pelo cidadão que depende do sistema público de saúde. Como exemplo, citou o caso de seis rins que saíram do estado recentemente e poderiam ter sido transplantados em pacientes mato-grossenses que aguardam na fila. “Como pode um estado tão próspero não olhar pela sua saúde pública?”, questionou.

A deputada também chamou a atenção para dados levantados pela Câmara Municipal de Cuiabá, que apontam Mato Grosso como o estado com maior mortalidade de pacientes oncológicos do Brasil. Segundo ela, o contraste entre a riqueza econômica e a precariedade da saúde é inadmissível. “Do que adianta ser o maior exportador de grãos, de carne, um estado produtor, um estado rico, se nós não damos dignidade às pessoas que dependem da saúde pública?”, afirmou.

Outro ponto criticado foi a desorganização da regulação. Janaina relatou que pacientes saem de regiões como o Araguaia e precisam percorrer longas distâncias até o Oeste ou a região de Alta Floresta em busca de atendimento. “A nossa regulação é uma baderna. As pessoas vivem peregrinando atrás de vaga”, disse.

Ao fazer uma comparação com gestões passadas, a parlamentar lembrou que, mesmo com o aumento expressivo da arrecadação estadual ao longo dos anos, a realidade dos pacientes pouco mudou. “Nós continuamos a perder vidas na fila por UTI. Ainda hoje os pacientes sobrevivem dentro de ambulâncias”, pontuou.

Janaina também destacou o impacto direto dessa situação nas famílias mato-grossenses e afirmou que a precariedade da saúde é uma realidade conhecida por toda a população. “Eu duvido que os alunos que estão aqui visitando a Assembleia hoje não conheçam alguém da família que já morreu ou padeceu por falta de atendimento na saúde pública”, concluiu.

 

Fonte: Laura Petraglia/Assessoria de Comunicação

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