Bot criado em Stanford supera especialistas e expõe risco de ataques mais rápidos, baratos e difíceis de detectar
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Após anos de tentativas pouco eficazes, ferramentas de inteligência artificial voltadas ao hacking finalmente atingiram um nível perigoso de eficiência — a ponto de superar profissionais humanos. As informações são do Wall Street Journal.
A constatação veio de um experimento da Universidade Stanford, que desenvolveu o bot Artemis, treinado para escanear redes, identificar vulnerabilidades e encontrar formas de explorá-las.

IA foi melhor que humanos em testes
- Inspirado em técnicas usadas por grupos chineses que recorreram a modelos generativos para invadir governos e grandes empresas, o Artemis foi testado em uma rede real: a infraestrutura de engenharia da própria Stanford.
- Para avaliar seu desempenho, os pesquisadores colocaram a IA frente a frente com dez testadores de penetração profissionais.
- O resultado surpreendeu: o Artemis superou nove deles, encontrando bugs com velocidade e a um custo significativamente menor — cerca de US$ 60 por hora, contra diárias humanas que variam entre US$ 2.000 e US$ 2.500.
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Apesar do desempenho, a IA apresentou falhas: 18% dos relatórios eram falsos positivos e um erro básico passou despercebido. Ainda assim, para especialistas de Stanford, o experimento reforça a utilidade dessas ferramentas, sobretudo diante do volume de código global sem testes de segurança adequados.
Mas o avanço rápido também acende alertas. Pesquisas recentes da Anthropic apontam que agentes maliciosos já usam modelos de IA para ampliar ataques em larga escala.
Desenvolvedores de softwares de código aberto, como o Curl, relatam uma enxurrada de relatórios gerados por IA — muitos inúteis, alguns surpreendentemente precisos.
Em Stanford, o Artemis inclusive encontrou um bug que humanos não detectaram, justamente analisando páginas que navegadores atuais não conseguiam ler.
A nova geração de IAs promete ampliar a proteção digital — e, ao mesmo tempo, os riscos.

Colaboração para o Olhar Digital
Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.









