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2025 foi escolhido pela ONU como o Ano Internacional da Ciência e Tecnologia Quântica. Apesar da importância, muita gente confunde o conceito real com promessas mágicas e produtos duvidosos. A verdadeira ciência estuda o comportamento da matéria em escalas minúsculas, dentro dos átomos.
O mistério do átomo
A física quântica tenta explicar o que acontece em escalas que não enxergamos. Para entender como o núcleo de um átomo foi descoberto, imagine jogar bolinhas de gude contra um objeto coberto. Observando como elas desviam, é possível deduzir o formato do obstáculo.
Foi com uma lógica similar que Ernest Rutherford usou partículas alfa para “bombardear” uma folha de ouro. Ele percebeu que a maioria passava direto, mas algumas voltavam. Isso provou que o átomo é feito de muito espaço vazio e um núcleo denso e minúsculo.
Luz, cores e saltos de energia
O modelo de Bohr trouxe outra peça ao quebra-cabeça: os elétrons não giram de qualquer jeito. Eles ocupam “degraus” de energia específicos. O elétron não pode ficar no meio do caminho: ou está em um degrau ou no outro. Isso é a base da “quantidade” que dá nome à quântica.
Quando um elétron ganha energia, ele salta para um degrau mais alto. Ao voltar para o lugar original, ele devolve essa energia em forma de luz. A cor dessa luz depende exatamente do tamanho do salto. É assim que funcionam os fogos de artifício e os LEDs.
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Diferença entre fluorescência e fosforescência
Muitos materiais brilham sob luz ultravioleta, mas de formas diferentes. Na fluorescência, o brilho é instantâneo: o elétron sobe e desce o degrau de energia imediatamente. Se apagar a luz UV, o brilho somes na mesma hora.
Já a fosforescência envolve uma “armadilha” química. O elétron sobe, mas fica preso em um nível intermediário antes de voltar. Isso faz com que o material continue emitindo luz mesmo no escuro total. Veja exemplos comuns dessas reações:
- Canetas marca-texto brilham forte na luz negra por fluorescência.
- Vidros antigos com urânio também são fluorescentes.
- Adesivos de estrelinhas que brilham no teto são fosforescentes.
- Tintas de segurança em notas de dinheiro usam esses princípios.

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Ciência versus Mitos
Infelizmente, o termo “quântico” virou moda para vender ilusões. É vital separar o que é física real do que é marketing enganoso. A tabela abaixo ajuda a identificar onde a ciência realmente está presente.
🔬
Lasers e Fibra Óptica
Tecnologias baseadas diretamente em princípios da mecânica quântica, amplamente usadas em telecomunicações e medicina.
Ciência Quântica Real
🛏️
Colchão Quântico
Produto de marketing sem base científica comprovada, usando o termo “quântico” apenas como apelo comercial.
Mito / Pseudociência
🧲
Ressonância Magnética
Equipamento médico real que depende de fenômenos quânticos como o spin nuclear para gerar imagens do corpo humano.
Ciência Quântica Real
✨
Cura Quântica
Conceito sem validação científica, frequentemente associado a práticas alternativas e discursos pseudocientíficos.
Mito / Pseudociência
💻
Chips de Computador
Funcionam graças a efeitos quânticos em semicondutores, fundamentais para a eletrônica moderna.
Ciência Quântica Real
💧
Água ou Coaching Quântico
Uso indevido do termo “quântico” sem respaldo experimental ou teórico reconhecido pela ciência.
Mito / Pseudociência
A tecnologia no seu telhado
A mecânica quântica não é apenas teórica; ela move o mundo moderno. As placas solares são um exemplo prático disso. Elas são feitas de silício modificado para conduzir eletricidade quando exposto à luz solar.
Nesses painéis, a luz atinge os elétrons e fornece a energia necessária para que eles “subam a rampa” e gerem corrente elétrica. Sem o entendimento profundo de como os elétrons se comportam nesses materiais semicondutores, a energia solar fotovoltaica não existiria.









