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Símbolo de luxo e resistência, o diamante vai muito além do seu valor estético. Popularmente considerado o material natural mais duro do planeta, ele desperta o interesse da ciência por suas propriedades únicas.
Mas o que torna essa pedra tão extraordinária? A resposta está na combinação entre sua estrutura atômica, processos geológicos extremos e leis fundamentais da física.
O que caracteriza a dureza do diamante
Como se forma um diamante

O diamante se forma a cerca de 150 quilômetros abaixo da superfície terrestre, no manto da Terra. Nesse ambiente extremo, o carbono puro é submetido a pressões superiores a 60 mil atmosferas e temperaturas que podem ultrapassar 1.500 graus Celsius.
Nessas condições, os átomos de carbono se organizam de maneira altamente estável, dando origem ao cristal de diamante. Posteriormente, erupções vulcânicas profundas, conhecidas como kimberlíticas, transportam esses cristais até a superfície.
Estrutura do diamante

O segredo da dureza do diamante está em sua estrutura cristalina. Cada átomo de carbono se liga a outros quatro átomos por meio de ligações covalentes muito fortes, formando uma rede tridimensional rígida e estável.
Esse arranjo tetraédrico distribui a força de maneira uniforme, dificultando a deformação da estrutura. É essa organização interna que torna o diamante tão resistente a riscos e desgaste.
A resistência a riscos

A dureza do diamante está diretamente relacionada à sua capacidade de resistir a riscos. Ele ocupa o nível máximo, 10, na Escala de Mohs, o que significa que consegue riscar qualquer outro mineral conhecido na natureza. Nenhum material natural, exceto outro diamante, é capaz de arranhar sua superfície. Essa característica faz com que o diamante mantenha seu brilho e polimento por décadas, mesmo em uso diário.
Como se mede a dureza

A forma mais conhecida de medir a dureza é a Escala de Mohs, criada no século XIX. Ela compara minerais de acordo com sua capacidade de riscar outros materiais. O diamante define o topo da escala.
Em laboratório, também são usados testes quantitativos, como o de dureza Vickers, nos quais um penetrador de diamante pressiona a superfície do material analisado. Esses testes confirmam que a dureza do diamante é muito superior à de minerais como quartzo, rubi e safira.
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Diamantes são inquebráveis?

Apesar da fama, o diamante não é inquebrável. A Escala de Mohs mede resistência a riscos, não resistência a impactos. O diamante possui planos naturais de clivagem, que são direções onde a estrutura pode se partir com um golpe forte e bem direcionado.
Essa característica, inclusive, é explorada na lapidação, quando especialistas cortam a pedra com precisão para maximizar seu brilho. Portanto, embora seja extremamente duro, o diamante pode lascar ou quebrar.
Qual a vida útil de um diamante

Em condições normais, o diamante pode durar milhões de anos sem sofrer alterações significativas. Ele é quimicamente estável e resistente à maioria dos ácidos. No entanto, em temperaturas muito altas e na presença de oxigênio, pode queimar e se transformar em dióxido de carbono. Na prática, sua durabilidade supera a de qualquer objeto criado pelo ser humano, o que reforça sua imagem como símbolo de eternidade.
O uso do diamante no mundo reflete sua dureza
A dureza extrema do diamante o torna indispensável em diversas áreas. Na indústria, ele é usado em ferramentas de corte, perfuração e polimento de materiais duros, como concreto, cerâmica e ligas metálicas. Brocas, serras e rebolos com pontas de diamante garantem precisão e durabilidade.

Na medicina, bisturis de diamante permitem cortes extremamente precisos. Na eletrônica e na óptica, o material é valorizado por sua alta condutividade térmica e resistência.
Atualmente, os diamantes sintéticos dominam o uso industrial, pois oferecem as mesmas propriedades físicas do diamante natural com menor custo.










