Empresa afirma que novo estilo, mais assertivo, é essencial para escalar o serviço, mas usuários relatam manobras arriscadas
Compartilhe esta matéria
Siga o Olhar Digital no Google Discover
O que parecia uma coreografia mecânica em um túnel em São Francisco — dois carros Jaguar trocando de faixa em zigue-zague — chamou a atenção por um detalhe: ambos eram veículos autônomos da Waymo.
Para quem acompanha o comportamento dos robô-táxis, conhecidos pela extrema cautela, a cena soou inusitada. Motoristas como Sophia Yen relataram ao Wall Street Journal que os carros, antes educados ao ponto da passividade, agora se comportam quase como taxistas apressados.

Agressividade de robô-táxis pode trazer riscos
- Relatos desse novo estilo de condução se multiplicam. Em San Bruno, a polícia flagrou um Waymo realizando uma conversão proibida.
- Em outra ocasião, um veículo atropelou um gato conhecido na vizinhança do Mission District.
- Moradores também contam que os carros passaram a disputar espaço em cruzamentos e a mudar de faixa sem o mesmo rigor de sinalização de antes.
Leia mais:

Ajustes da empresa e reação dos passageiros
A mudança não é acidental. A Waymo afirma que vem tornando seus veículos mais “confiantes e assertivos” para operar melhor em cidades de tráfego intenso. Segundo a empresa, atualizações frequentes evitam que o carro se torne um obstáculo ao fluxo.
O diretor de produtos Chris Ludwick ressalta que, embora as regras de trânsito orientem o sistema, há situações em que normas entram em conflito — como ultrapassar um caminhão parado mesmo cruzando linha dupla.
Usuários reagiram de forma diversa. Alguns aprovam a agilidade, comparando-a à de motoristas de aplicativo. Outros temem que a busca por fluidez comprometa a segurança.
Em meio ao debate, a legislação da Califórnia avança para permitir a aplicação de multas a veículos autônomos — um próximo capítulo na convivência entre humanos e máquinas no trânsito urbano.

Colaboração para o Olhar Digital
Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.








