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Um astronauta alemão será o primeiro europeu a viajar à Lua em uma futura missão Artemis, segundo anúncio feito pelo diretor-geral da ESA, Josef Aschbacher. A confirmação aconteceu durante o Conselho Ministerial da agência, em Bremen, na Alemanha.
A decisão, segundo o Space, marca um passo histórico para a Europa, que garantiu três vagas no programa lunar da NASA graças às contribuições tecnológicas e industriais do continente.

Alemanha na liderança da próxima era lunar?
A escolha não é por acaso: a Alemanha é a maior financiadora da ESA e abriga, em Bremen, a fábrica da Airbus responsável por montar o Módulo de Serviço Europeu – peça fundamental que fornece energia, propulsão e suporte vital à cápsula Orion. Além disso, partes do Lunar Gateway, estação que deverá orbitar a Lua em 2027, também são produzidas no continente.
Um astronauta da ESA viajando além da órbita terrestre baixa pela primeira vez será uma enorme inspiração e motivo de orgulho para seu país e para a Europa em geral.
Josef Aschbacher, diretor-geral da ESA, em comunicado.
Com duas figuras experientes no corpo de astronautas – Alexander Gerst, de 49 anos, e Matthias Maurer, de 55 – a Alemanha já tem seus prováveis candidatos para voar na Artemis 4. Ambos acumularam experiência na Estação Espacial Internacional (ISS).

Os europeus que buscam lugar na Lua
Embora um astronauta alemão possa ser o primeiro europeu a viajar à Lua, há outros candidatos entre franceses e italianos que possuem histórico sólido na ISS, incluindo caminhadas espaciais e missões longas, mantendo-se na disputa pelo posto de primeiros europeus a caminhar na superfície lunar.
Entre eles surgem nomes como Thomas Pesquet, Sophie Adenot, Luca Parmitano e Samantha Cristoforetti.
A ESA já sabe que terá vagas nas missões Artemis 4 e Artemis 5, planejadas para 2028 e 2030. Enquanto isso, astronautas de diversos países continuam acumulando experiência na ISS.

Por que tudo isso importa?
A parceria Europa–NASA envolve cooperação tecnológica profunda e pode moldar o futuro do programa lunar, especialmente diante das mudanças políticas nos EUA. O governo dos Estados Unidos planeja substituir o foguete SLS e a cápsula Orion por veículos totalmente comerciais após a Artemis 6.
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A ESA, por sua vez, já constrói os Módulos de Serviço Orion para seis missões e quer manter as portas abertas. “Além do Módulo de Serviço Europeu número seis, queremos manter as opções em aberto”, afirmou Daniel Neuenschwander, diretor de Exploração Humana e Robótica da ESA.
Além disso, o continente desenvolve o módulo de carga Argonaut, que deverá servir a futuras missões logísticas à superfície lunar. A ideia é garantir autonomia tecnológica e ampliar o espaço para que astronautas europeus participem das próximas décadas de exploração.









